Há um ditado antigo que diz “quem não se sente não é filho de boa gente” e é com este provérbio que introduzo o meu pequeno comentário.
Sou um vosso conterrâneo, que por necessidade profissional e familiar rumei a Lisboa, onde resido actualmente, deixando para trás a minha amada terra natal (Casais de São Lourenço), a qual muitas vezes recordo com saudade, lembrando sempre quem por lá deixei como algo que se perdeu no tempo, mas não no coração.
Há uns dias atrás, mais precisamente na época natalícia, eu, a minha mulher e o meu filho fomos jantar a casa de familiares (irmã) e tentando saber novas, a conversa versou sobre o povo dos Casais e de tudo quanto lá se têm feito ultimamente. Em dado momento e empolgado pelas notícias da continuação de um projecto cultural e recreativo a bem da população que lá vive, senti-me retroceder no tempo, lembrando os festejos populares de Agosto passado, onde presenciei e aplaudi aquela magnífica actuação do rancho folclórico, como algo que ainda me pertence. Nessa altura fiquei bastante alegre pelos empreendimentos ali desenvolvidos e segundo me foi comunicado pelo grande entusiasmo com que as pessoas abraçaram o projecto e voltaram a acreditar, perdendo bastantes horas de sono, para fazerem renascer das cinzas, tal como a “Fénix” renasceu, o rancho folclórico, que há muitos anos atrás havia sido criado pelos nossos pais e avós, elevando assim um projecto por eles iniciado.
Em suma, estas minhas curtas e sinceras palavras têm dois intuitos. Por um lado de exprimir o meu agradecimento a todos os que têm trabalhado nesta nova iniciativa de dar a conhecer a Portugal e quiçá ao mundo, este magnifico povo dos Casais, quer através da internet, quer através de um intercâmbio cultural com outros povos/regiões (nomeadamente o rancho folclórico). Por outro lado de exprimir a minha alegria e felicidade por denotar que novamente se reacendeu aquela chama popular de um povo que luta por um bem comum, trabalhando com afinco, sem nada exigir em troca, pautando a sua acção no convívio e fraternidade entre as pessoas.
E com esta minhas palavras vou terminar lembrando os dois primeiros versos da marcha
“CASAIS UNIDOS, NÃO TÊM RIVAL”
Força povo dos Casais/Montinho/Vale Porco sejam UM SÓ, sejam UNO
Deste vosso conterrâneo e sempre amigo
Fernando Afonso
Fernando Afonso a 11 de Janeiro de 2009 às 14:09